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sábado, 14 de maio de 2011

Brinquedos mais usados e preferidos pelas crianças: por faixa etária e gênero.


Por: Ana Carla, Leila, Lethycia, Nilsa, Regina, Sérgio e Silvana

INTRODUÇÃO: A importância de brincar

Uma característica marcante da infância é a ne
cessidade de brincar. Nessa atitude subjetiva, a criança obtém prazer, satisfação e diversão.
Além de divertir, o brincar deve proporcionar a possibilidade de realização da criança nos seus aspectos físico, cognitivo, motor, social, político e afetivo-sexual. Brincar oportuniza o desenvolvimento integral do sujeito.
Brincando a criança pode experimentar o concreto, isso faz com que as experiências acumuladas lhe proporcionem a formação de conceitos como: semelhanças e diferenças, classificação, seriação e a partir daí ela tem condições de descrever, comparar e representar graficamente.
Segundo Piaget, em determinada fase da vida a c
riança ainda não tem condições de assimilar certos aspectos da realidade por não possuir até esse momento as estruturas mentais e biológicas plenamente desenvolvidas. Então ela aplica os esquemas de que dispõe, reconstruindo o universo próximo com o qual convive através das brincadeiras.
Para Piaget o desenvolvimento é um processo continuo de aquisições sucessivas. Esse processo é caracterizado por diversas fases ou etapas distintas: o sensório-motor, o pré-operatório, o operatório concreto e o operatório-formal.
Em cada uma dessas fases do desenvolvimento da criança, o brinquedo (ou jogos, na linguagem piagetiana) tem uma função diferente, devendo portanto cumprir o papel de instrumento propiciador do desenvolvimento.

1 - Sensório-motor: (0 ~ 2 anos - Subdividido em sub-etapas para fins didáticos)
Abrange do nascimento até os dois anos de idade (aproximadamente).
Nele a criança apresenta percepções sensoriais de forma global, sem valorizar os detalhes específicos dos objetos. Os esquemas sensório-motores são construídos a partir de reflexos do bebê.
Objetivos do brinquedo: desenvolver a capacidade de diferenciar os objetos, como também as concepções de espaço, tempo e construir as ca
usalidades.

1 A - Sensório-motor: (0 ~ 6 Meses)

Crianças nessa fase precisam de brinquedos que as ajudem a descobrir seu corpo e distinguir diferentes texturas, formas e cores.
Alguns brinquedos mais indicados são mordedores, chocalhos, brinquedos musicais, brinquedos de berço, móbiles, livrinhos de pano ou pl
ástico, bolas com texturas diferentes para serem agarra
das com as duas mãos.


1 B - Sensório-motor: (7 ~ 12 Meses):

Nessa fase a criança começa a explorar os objetos e a reconhecer vozes portanto se divertem com brinquedos falantes que emitem som e que estimulam a curiosidade.
Algumas sugestões são bonecos de plástico coloridos, tapetes de atividades, brinquedos que emitam sons, livros de banhos com figuras coloridas.
**Na bordagem freudiana: Durante todo o primeiro ano de vida, os interesses da criança se centralizavam nos alimentos e nos prazeres e exigências derivados da fase oral: chupar, morder, beijar, lamber, explorar os objetos com a boca também são “brincadeiras eróticas”.



1 C - Sensório-motor: (13 ~ 18 Meses):

Nesta fase a criança começa a dar os primeiros passos e também começa a reconhecer as formas dos objetos.
Como sugestões de brinquedos temos os cubos para encaixar, caixas com objetos de formas geométricas, brinquedos de empurrar ou puxar e de montar e desmontar.
**Na bordagem freudiana: Entre onze e dezoito meses, usa uma tampa e uma colher para percutir como tambor e isso serve às suas necessidades de descarga motriz, além do que, sendo inquebrável, facilita esta descarga, pois percebendo a realidade de que não se destrói, diminui na criança o temor a suas tendências destrutivas e, por conseguinte, também sua culpa.



1 D - Sensório-motor: (19 ~ 24 Meses):

Agora a criança sabe falar e entender por isso necessita de brinquedos que estimulem os sentidos da visão, da audição e do tato.
Para estimulá-las temos brinquedos de montar, carrinhos e caminhões, bonecas de tecido e bichos de pelúcia, livros e álbuns de fotografia com ilustrações de objetos conhecidos, telefone de brinquedo ou brinquedos musicais.




2 - pré-operatória: (2 ~ 7 anos)

Com o aparecimento da linguagem oral por volta dos dois anos, é chegada a fase pré-operatória que permite a criança dispor além de alguma inteligência, a possibilidade de desenvolver esquemas de ação interiorizadas que são os esquemas simbólicos.
O pensamento egocêntrico, voltado ao próprio sujeito é apresentado nesta mostra que a inteligência pode ser capaz de ações interiorizadas.
Objetivos do brinquedo: Especializar o esquema simbólico através do lúdico, faz-de-conta. Exercício: “significante, significado“ , mediante a assimilação de um objeto qualquer ao esquema representado e ao seu objetivo inicial.

2 A - pré-operatória: (2 ~ 4 anos)

Nesta idade as crianças começam a se interessar por nomes e imitar algumas cenas familiares.
Como sugestões de brinquedos temos as bolas, brinquedos educativos, brinquedos de encaixar e desmontar, brinquedos musicais, carrinhos, bonecas, cavalinho de balanço, brinquedos para praia ou piscina, e principalmente brinquedos que imitam a vida da família.
No período de 2 a 4 anos, aproximadamente, onde se verifica a presença dos verdadeiros jogos simbólicos, instala-se uma forma de jogo aparentemente diferente, caracterizada pela projeção de esquemas de imitação.



(2 ~ 4 anos)

** O globo e depois a bola constituirão o centro de seus interesses. As fantasias de união vão dando origem ao forte desejo de ter um filho. Seu próprio corpo está simbolizado nas formas esféricas. As aprendizagens da maternidade e da paternidade começam com as brincadeiras e jogos com bonecas e animais que corporificam os filhos imaginários.
Vasilhas, pratos, talheres servem para receber e dar alimento aos filhos imaginários ou para submetê-los a privações. Esta experiência de alimentar e ser alimentado traz também experiências de perda e recuperação.




2 B - pré-operatória: (4 ~ 5 anos)

A criança começa a fazer perguntas e a querer brincar com seus amiguinhos.
Brinquedos como conjuntos de pintura, massa de modelar, instrumentos musicais, quadro negro e giz, martelo e bancada, casinhas, fantasias, tabela de basquete, balanço, caixa de areia, bicicleta com rodinhas são algumas das opções para que elas possam se divertir e se desenvolver.





Objetivos do brinquedo : Despertar o interesse por atividades mais complexas pois está quase entrando na fase da adolescência.
Para estimulá-las pode-se utilizar jogos de estratégia, eletrônicos, de tabuleiro, experiências e jogos com perguntas e respostas de conhecimento geral.



3 - operatório concreto (7 a 11 ou 12 anos)

Neste período o egocentrismo intelectual e social que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência da capacidade de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes dos seus e de integrá-los de modo lógico e coerente.
“Jogos de regras”: Se nas primeiras brincadeiras infantis e naquelas que envolvem situações imaginarias o prazer está no processo, nos jogos com regras o prazer é obtido no resultado alcançado, e no cumprimento das normas. Permitem a criança auto-regular-se, auto-avaliar-se, uma vez que as regras são estabelecidas a priori, e estão à disposição para que todos os participantes as conheçam mesmo sendo uma atividade lúdica da criança socializada. Desenvolvimento de uma “moral” a partir do respeito às regras do jogo.



Objetivos do brinquedo : Despertar o interesse por atividades mais complexas pois está quase entrando na fase da adolescência.
Para estimulá-las pode-se utilizar jogos de estratégia, eletrônicos, de tabuleiro, experiências e jogos com perguntas e respostas de conhecimento geral.



4 - operatório formal (12 anos em diante)

Nesta fase a criança já consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de formar esquemas conceituais abstratos e através deles executar operações mentais dentro de princípios da lógica formal. A criança adquire capacidade de criticar os sistemas sociais e propor novos códigos de conduta: discute valores morais de seus pais e constrói os seus próprios adquirindo, portanto, autonomia.
De acordo com a tese piagetiana, ao atingir esta fase, o indivíduo adquire a sua forma final de equilíbrio, ou seja, ele consegue alcançar o padrão intelectual que persistirá durante a idade adulta. Seu desenvolvimento posterior consistirá numa ampliação de conhecimentos tanto em extensão como em profundidade, mas não na aquisição de novos modos de funcionamento mental.

Objetivos do brinquedo : Estimular a assimilação dos conteúdos complexos de raciocínio através da socialização.

Jogos de perguntas e respostas mais complexas, montagens de modelos tecnológicos, esquemas desafiadores da memória e do raciocínio lógico. Lego, Kits de Química e Robótica, computadores ...



Os brinquedos e a questão do gênero


De acordo com Margaret Mead em Sexo e Temperamento (1979), gênero e temperamento são construções culturais de caráter arbitrário em relação ao elemento biológico de referência.
Os brinquedos também são instrumentos utilizados para socializar e implantar um determinado comportamento esperado para meninos ou meninas de acordo com os valores esperados para eles numa determinada sociedade.
Desse modo, meninos são criados para serem construtores, guerreiros (soldados) e as meninas tem sido estimuladas para reproduzir o esteriótipo feminino de docilidade.

Vídeo com opinião sobre a influência da propaganda dos brinquedos na questão do gênero e dos comportamentos das crianças.
(Para assistir com legenda clique no pequeno ícone "cc" da parte inferior da janela do YouTube)




Referências bibliográficas

DOUTO, Françoise. Psicanálise e Pediatria. 3. ed. Rio de Janeiro, 1980.

FEMINISTFRQUENCY. Toy Ads and Learning Gender. Disponível em: . Acesso em: 05 abr. 2011.

GUIAINFANTIL. Brinquedos por faixa etária. Disponível em: . Acesso em: 05 abr. 2011.

MEAD, Margaret. Sexo e Temperamento. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. 3. ed. São Paulo: Scipione, 1995.

PEDAGOGIA AO PÉ DA LETRA. Freud e o Papel da Brincadeira. Disponível em: . Acesso em: 05 abr. 2011.

GIOCA, Maria Ines. O jogo e aprendizagem na criança de 0 a 6 anos.





2 comentários:

drica disse...

Amei! Obrigada! Me ajudou bastante e é o que estava procurando.

Anônimo disse...

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